domingo, 4 de junho de 2017

UFC é campeã cearense universitária de futsal masculino 2017

            O futsal masculino da Universidade Federal do Ceará (UFC) é o melhor do meio universitário do Estado. A confirmação disso veio com o título de campeão estadual – inédito –, invicto, dos Jogos Universitários Cearenses (JUCS), torneio promovido pela Federação Universitária Cearense de Esportes (FUCE), conquistado na tarde de sábado, 03/06, em partida realizada na Quadra do CEU, no Campus do Benfica. A equipe da UFC, em partida emocionante, derrotou na cobrança de pênaltis o time da Universidade de Fortaleza (Unifor). Com a vitória a UFC carimbou os bilhetes para disputar a Liga do Desporto Universitário (LDU), promovida pela Confederação Brasileira do Desporto Universitário (CBDU), no segundo semestre, em Goiânia (GO).
Futsal masculino da UFC sagrou-se campeão estadual
            A competição contou com a participação de sete instituições de ensino superior: UFC, Unifor, Faculdade Lourenço Filho (FLF), Unichristus, IFCE e Fametro. Na primeira fase a UFC enfrentou o IFCE – ganhou de 4 a 2 –, Unichristus – vitória de 7 a 1 – e Fametro – venceu por 11 a 4 –. Na semifinal enfrentou a equipe da FLF, ganhando por 3 a 1. É da UFC o artilheiro da competição, Vicente, que anotou 8 gols. Dentre os cinco artilheiros dos JUCS, três são da UFC – além de Vicente figuram na lista dos cinco maiores artilheiros Adison (4º) com 3 gols e Breno (5º), com 2.

O jogo foi muito truncado e disputado
A UFC foi a equipe com melhor ataque – 25 gols, excetuando-se os da cobrança de pênaltis da final –. Uma campanha irrepreensível. Chegou à final dois dias depois de uma memorável partida de semifinal, onde derrotou a FLF por 3 a 1, jogando um futsal de alto nível. A expectativa era grande, pois o título era inédito e vinha sendo perseguido havia anos.

A partida começou com um breve período onde as equipes decidiram não se arriscar muito ao ataque, com muita troca de passes, marcação e jogo truncado. Mas em pouco tempo a UFC começou a buscar o ataque, explorando o fator de jogar em casa. Com uma equipe mais experiente, a UFC passou a ter mais domínio de bola.

Jogadores da UFC na disputa do sábado
Mas os passes eram trocados sem muita objetividade. Os atletas da UFC não conseguiam encaixar o mesmo padrão de jogo da semifinal. A Unifor vez por outra levava algum perigo ao gol do time da casa, mas igualmente sem objetividade, pecava nas finalizações. Aos 13min47seg, numa jogada de bola parada, o atleta Egídio abriu o marcador para a equipe visitante. O time da casa, então, saiu para o ataque, mas esbarrava no nervosismo de seus jogadores. A arbitragem, a exemplo do que aconteceu na semifinal, foi confusa. Numa jogada mais disputada, um dos juízes interpretou que teria ocorrido provocação mútua entre dois atletas e puniu com cartão amarelo os atletas P.H. (UFC) e Leonardo (Unifor).

O time da UFC criava oportunidades de gol, mas não conseguia finalizar com eficiência. O primeiro tempo terminou UFC 0 x 1 Unifor. Veio o intervalo e o treinador Wildner Lins – que teve de ficar nas cadeiras, pois havia sido expulso de quadra na semifinal distribuiu bronca para seus comandados. Corrigiu posicionamentos no ataque e defesa e cobrou empenho dos atletas. O coordenador do Núcleo de Futebol da UFC, Clovandi Costa, também cobrou mais vontade em quadra.

No intervalo Wildner e Clovandi cobraram atitude do time
           As broncas surtiram efeito. O time da UFC voltou com outra postura, de dar mais velocidade ao jogo e ter mais objetividade. As oportunidades começaram a surgir, mas errava nas finalizações. A arbitragem voltou a se enrolar. O time da Unifor catimbava e buscava parar o jogo e retardar a retomada, simulando faltas e demorando para repor a bola. Numa dessas ocasiões, P.H. tentou cobrar com rapidez um escanteio, quando um atleta reserva dos visitantes tentou retardar, ficando próximo ao local de cobrança impossibilitando a reposição da bola em jogo. P.H. tentou afastar o oponente. A arbitragem resolveu punir o atleta da UFC com o segundo cartão amarelo, em seguida aplicando o vermelho, expulsando-o de quadra.
        A UFC passou a ficar momentaneamente com um jogador a menos em quadra, mas mesmo assim aos 5min37seg, porém, o artilheiro da competição, Vicente, igualou o marcador. Não houve tempo para comemoração: doze segundos depois, aos 5min49seg, num chute quase sem ângulo do fundo da quadra, o atleta José Maria colocou novamente os visitantes em vantagem no placar.
As reclamações se avolumavam. À despeito disso, o time da UFC partiu para o tudo ou nada, lançando mão do goleiro-linha, com o atleta Vicente fazendo essa função. O passe ganhou mais velocidade e a equipe da casa a superioridade numérica de mais um jogador na linha. A estratégia do treinador Wildner deu certo: aos 14min40seg, ao receber um passe de Adison, o atleta Juninho, capitão da equipe, em posição frontal ao gol, empatou a partida com um forte chute de perna canhota.
Juninho empatou a partida em 2 a 2
             A UFC buscava definir a partida no tempo normal. Do outro lado a Unifor dava claro sinal de que iria segurar para levar o jogo para a prorrogação. Numa das chances, tiro livre sem barreira, pois a Unifor já havia estourado o limite das cinco faltas cumulativas, Adison carimbou a trave dos oponentes. O time da casa pressionava, enquanto os visitantes se defendiam e em um ou outro contra-ataque tentavam desempatar o placar, que continuou inalterado até o final do tempo normal.

A partida, então, foi para a prorrogação de dois tempos de cinco minutos. A UFC manteve a pressão e dominou as ações. Vez por outra a Unifor tentava encaixar um contra-ataque. Com uma boa marcação e aplicação em quadra, os atletas da UFC frustraram a estratégia dos oponentes. Findado os primeiros cinco minutos, as duas equipes “viraram direto” e deram início ao segundo tempo da prorrogação. A UFC continuava com mais domínio da bola e ameaçando o gol adversário, mas não conseguia marcar. Adison, numa das oportunidades, carimbou a trave da Unifor.

         A prorrogação terminou sem alteração no marcador. Partiu-se, então, para cobrança de quatro penalidades máximas para cada equipe, alternadamente. O primeiro a cobrar foi Breno, da UFC, que chutou rasteiro, no canto direito do goleiro, porém a bola foi para fora. Na sequência, brilhou o goleiro Thyago, que defendeu o chute do atleta da Unifor. O segundo a cobrar a penalidade foi Vicente, que converteu. No segundo pênalti para a Unifor, Thyago mostrou que além de bom preparo, tem sorte: o atleta da Unifor carimbou a trave. O terceiro pênalti para a UFC poderia definir o título, caso fosse convertido. Coube a Adison a incumbência de cobrá-lo. Título e festa.
Jogadores comemoram após gol que sacramentou a conquista
         Após o jogo, o treinador Wildner cumprimentou seus comandados e lembrou que agora o grupo tem a responsabilidade de representar o Ceará na competição nacional. “Estamos na primeira divisão, na elite do futsal brasileiro universitário e de maneira geral, que vocês acreditem em vocês mesmo assim como nós acreditamos”, disse. Falando em nome do grupo, o capitão Juninho ressaltou a perseverança da comissão técnica. “Estávamos perseguindo esse título há tempos, levamos muita pancada nesse tempo, mas agora mostramos nosso valor, agradeço à comissão técnica a perseverança e por ter continuado acreditando e trabalhando”.

         Emocionado, Clovandi Costa não conseguiu concluir sua fala aos atletas. Parabenizou-os e a emoção lhe tomou conta. Depois, falou sobre o desempenho do Núcleo de Futebol, que coordena: “Classificamos agora para o JUBS de futsal masculino, vamos nesse mês de junho disputar os JUBS de Fut7 em Uberlândia (MG) com as equipes masculina e feminina, faltou apenas o futebol de campo para fecharmos com chave de ouro, mas não se pode ganhar tudo”, destacou. O futsal masculino e feminino disputará o campeonato estadual cearense e o sub-20 de futsal masculino já está disputado o estadual da categoria.
Jogadores comemoram conquista com Clovandi Costa
         O grupo que disputou a final foi Thyago Henrique, Jonathas (goleiros), Lindolfo Aragão, Piero Barbacovi, P.H., Vicente Ferreira, Adison Rodrigues, Juninho, Breno Cavalcante, Paulo Neto, Pedro Feijó, Jhonas Silva e Rennan Ramalho (suspenso da partida final por ter recebido o segundo cartão amarelo); Ronaldo Carvalho (treinador de goleiros); Renan Pessoa (auxiliar) e Rômulo (apoio); Wildner Lins (treinador); Clovandi Costa (coordenador do Núcleo de Futebol e preparador físico). Compõem o grupo ainda outros jogadores não relacionados para essa competição.

Vicente, autor do primeiro gol, não conteve a emoção com a conquista

Grupo de atletas comemora o título

Adison (à esqueda) e Juninho (direita), dois dos campeões

Atletas comemoram o título de campeão

Vicente (camisa verde) e goleiro Thyago (camisa número 2), campeões estaduais

Alegria não foi contida na comemoração

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