segunda-feira, 24 de abril de 2017

A luta dos medalhistas!


 
Como anteriormente postado aqui no Blog do Desporto UFC, a passagem pela LDU - Lutas 2017, em São Paulo, foi bastante vitoriosa para a UFC. Os nossos três atletas subiram ao pódio. Tiago Freitas e Breno Teixeira foram campeões, respectivamente, no Kung Fu e no Karate. E Rickson Livio, foi medalha de bronze no Jiu Jitsu. Eles conversaram com a equipe do Blog, e falaram um pouco sobre o campeonato, a vida pessoal e os planos para o futuro. Tudo isto, você confere nas linhas a seguir.

Tiago Freitas


Tiago Freitas, campeão de Kung Fu Wushu, na categoria Sanda, representou gloriosamente a UFC na LDU de Lutas de 2017. Depois de passar dez anos afastado da categoria, Tiago decidiu retornar a lutar esta modalidade, para competir na LDU. E apesar de lutar sozinho, dentro do ringue, Tiago nutre gratidão especial por pessoas que fazem parte do início da trajetória até o lugar mais alto do pódio.
A primeira pessoa é a namorada dele, Letícia. Foi ela quem viu o primeiro anúncio da modalidade (que estreou na LDU de Lutas em 2017), e o avisou, por saber que ele já havia lutado na categoria. Em seguida, Tiago entrou em contato com Clovandi Costa, coordenador de alto rendimento do Desporto UFC. “Quem me deu força, quem fez esse elo, para que eu conseguisse ir (ao campeonato) foi o Clovandi. Ele quem me ajudou bastante”, relata Tiago.
O Coordenador do Desporto UFC, Wildner Lins, ainda conseguiu ajuda de custo, junto com a Pró-Reitoria de Assistência Estudantil (PRAE) da UFC, para Tiago ir a LDU de Lutas. Todo esse apoio ao atleta foi fundamental para que ele conseguisse trazer mais um título para o próprio currículo e para a Universidade.

Lutador profissional de MMA, estudante de Educação Física, e professor na área de lutas, Tiago sempre demonstrou interesse pelo esporte, especialmente na área de lutas. Desde o início, quando estreou no Kickboxing, aos 15 anos, até hoje, ser campeão é rotineiro para Tiago. No currículo, ele possui cinco títulos de campeão cearense, quatro de títulos de campeão brasileiro, além de ter sido campeão pan-americano.
Para o futuro, Tiago reserva a paixão pela arte de ensinar. A graduação em Educação Física já aprimora o conhecimento do atleta. “(A Educação Física) dá um crescimento. Engrandece. Com a parte teórica, com o embasamento, você pode aperfeiçoar. E ter explicação para o que você está fazendo. Não (ficar) só no ‘achismo’”, destaca o estudante.
Tiago, a partir de agora, começa a preparação para a Universíade — segundo maior evento mundial multiesportes, atrás apenas dos Jogos Olímpicos. Neste ano, a Universíade ocorrerá em Taipei, na China, de 19 a 30 de agosto. “Vou intensificar o treino, e o foco na modalidade. Eu vou tentar fazer um intercâmbio, viajar para São Paulo nas minhas férias, passar uma semana e fazer um treino com o pessoal da Seleção Brasileira de lá”, planeja Tiago.


Breno Teixeira


“Eu trato a vitória como uma consequência”, explica Breno Mateus Teixeira, atleta que conquistou na LDU de Lutas de 2017 o título de campeão brasileiro de caratê para atletas até 67 quilos. Breno Mateus tem 20 anos, cursa Engenharia Mecânica e coleciona diversos títulos, entre eles os de campeão mundial de caratê, em 2013 (competição disputada na Espanha), tricampeão sul-americano, tricampeão brasileiro e tricampeão da LDU.
Essa edição da LDU foi diferente para Breno que já é veterano na competição. Ele afirma que “gostou bastante” por conta do nível dos atletas e do seu rendimento. O carateca ressalta que apesar ter competido com atletas que ele já conhecia, acabou se destacando nas lutas e saiu muito satisfeito. Para ele o resultado é importante, mas mais importante que isso é atingir os objetivos traçados, o principal era ter um bom rendimento durante as lutas.
O Mundial Universitário acontecerá em 2018, no Japão, o atleta analisa que o evento irá ser mais competitivo e que haverão diversos desportistas de nível lutando pela vaga, “esse ano tiveram 7 atletas na minha categoria, mas próximo ano haverão bem mais, inclusive atletas da seleção brasileira e competidores que estarão chegando agora na categoria ou ingressando na universidade”.

Sobre um futuro mais distante, Breno, que luta caratê desde seus 6 anos, destaca sua motivação para treinar, o atleta deseja estar na Olimpíadas de 2020. Seu método se baseia em olhar os erros e acertos cometidos nas lutas e a partir disso ir desenvolvendo os treinamentos. Mais uma meta que foi atingida esse ano foi a renovação da permanência na seleção brasileira adulta, “isso abre as portas para participar de mais campeonatos internacionais e conseguir ficar entre os melhores do mundo para tentar uma vaga para as olimpíadas”, explica.
Além disso, o campeão considera seguir uma carreira voltada para sua formação profissional de engenheiro mecânico, “no Brasil é muito difícil viver de esporte”, lamenta. Porém, nesse momento da vida ele pretende andar com os dois, esporte e universidade, mas irá focar no caratê para competir nos Jogos Olímpicos, meta e sonho de todos os atletas.

Rickson Lívio de Souza


O ganhador da medalha de bronze de Jui-Jitsu, Rickson Lívio de Souza Gaspar, representante da UFC na Liga de Desporto Universitário  (LDU) de Lutas, não se intimidou por ser estreante na competição e garantiu uma vaga no pódio.

Aluno do primeiro semestre do curso de Estatística, Rickson concilia a paixão pelo esporte e o desejo de atuar na área que estuda.

Com treinos diários que variam de 4h a 4 horas e meia por dia e, nos períodos de competição, também aos sábados, o atleta da UFC acredita que um erro durante a luta foi o que o atrapalhou para a conquista do título. "No Jiu-Jitsu detalhes fazem uma grande diferença durante uma pegada ou uma queda. Cometi um erro e acabei perdendo a vantagem da luta", explica.

Rickson enfrentou na semifinal o atleta da Universidade Federal do Tocatins (UFT), Gabriel Emídio. Em uma luta disputada, considerada uma final antecipada. "Quem passasse daquela luta iria terminar a chave bem mais fácil e praticamente classificado como campeão, já que os outros concorrentes não tinham um rendimento tão bom quanto o nosso", afirma.


Já visando o próximo campeonato, Rickson pretende manter a rotina de treinos e tirar proveito da experiência adquirida na competição. "Irei corrigir os erros que cometi. Até porque eu estava um pouco nervoso, devido ser minha estreia e acabei me empolgando".

O Jiu-Jitsu entrou na vida de Rickson desde o 3 anos de idade, através do incentivo do pai, que é professor da modalidade. Desde então, o atleta tomou gosto pelo esporte e até considera seguir profissionalmente na luta caso a modalidade se torne um esporte olímpico. "O Jiu-Jitsu está ganhando parâmetros no nível mundial e talvez chegue a se tornar olímpico".

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